A Microsoft contratou o escritório de advocacia ArentFox Schiff para avaliar suas práticas de denúncias de má conduta e discriminação no local de trabalho. E depois de uma série de investigações, a empresa agora planos para implementar novas políticas de assédio com base nas recomendações da empresa, incluindo a divulgação de relacionamentos consensuais entre líder e funcionário. A gigante da tecnologia pretende executar as recomendações em 30 de junho de 2023. Antes disso, a empresa começará a publicar um relatório público anual de transparência em 1º de dezembro.

A relatório de 50 páginas detalha suas descobertas sobre as práticas da Microsoft em relação a queixas de má conduta e discriminação no local de trabalho. Além de sugerir algumas recomendações que devem melhorar as políticas atuais e o processo de investigação da empresa, o relatório também aborda as questões que envolvem os líderes da Microsoft. Além do alegado caso “consensual” com funcionários do ex-CEO Bill Gates, o relatório menciona o caso de dois outros executivos. Embora não seja mencionado diretamente, o problema diz respeito ao desenvolvedor líder do HoloLens, Alex Kipman, e ao executivo técnico Tom Keane, que se tornou o centro de Relatório executivo do Business Insider “intocável” “menino de ouro”. Os dois, porém, já renunciaram aos cargos antes de receberem as devidas providências. ArentFox Schiff diz que o caso “poderia ter sido tratado antes.”

“Nossa análise dos registros relativos a dois dos executivos sugere que alguns funcionários tiveram uma percepção baseada em algum grau de evidência de que o A empresa tolerou sua conduta inadequada”, diz o relatório. “Embora não possamos avaliar o quão difundidas podem ser essas percepções, e se elas persistirão após as renúncias desses executivos, achamos que seria prudente da Empresa considerar algumas ações que tentam minimizar essa percepção, como fazer fica claro nas políticas que as proscrições se aplicam a todos os níveis de funcionários, até e incluindo o SLT.”

Embora os casos dos três executivos sejam um dos maiores destaques do relatório, ArentFox Schiff também enfatizou o número total de assédio e reclamações de discriminação que a Microsoft recebeu de 2019 a 2021. Segundo o relatório, a empresa recebeu 453 casos de reclamações de discriminação de gênero, que representaram 62,83% dos 721 casos no local de trabalho. Além deles, a Microsoft também recebeu 210 reclamações de assédio sexual e 58 de assédio sexual durante o referido período.

As mudanças que serão introduzidas nas políticas da empresa não irão apenas melhorar o ambiente de trabalho atual dentro da Microsoft. Também pode ser uma boa preparação para a empresa, pois espera obter as aprovações reguladoras necessárias para seu proposto acordo de aquisição com a Activision, que também enfrenta diferentes reclamações sobre assédio sexual, discriminação de gênero e agressão sexual. Recentemente, um fundo de pensão estatal sueco processou a Microsoft e a Activision, alegando que o acordo foi feito para proteger o CEO desta última, Bobby Kotick, das consequências do escândalo. De acordo com o processo, Kotick pressionou o acordo “negociado às pressas” e a Microsoft aproveitou a situação “fraca e ferida” da Activision, levando ao acordo de “preço de pechincha” de $ 69 bilhões.

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