Se você está se perguntando quando a China vai revidar as sanções dos EUA e da UE, a resposta é – agora. Um novo regulamento de proibição de exportação da China restringe as exportações de matérias-primas, incluindo nitreto de gálio (GaN) e dióxido de germânio (GeO2). Esses dois são usados ​​na indústria de chips e são cruciais para a produção de chips.

Em um declaração do Ministério do Comércio chinês, as empresas que exportam 38 matérias-primas precisam solicitar a licença. Este movimento aparentemente visa as indústrias de chips e telecomunicações dos EUA e da UE. Representa uma resposta direta às sanções ocidentais contra a China. Embora não seja o primeiro, é considerado crucial na guerra tecnológica em andamento. As novas regras se aplicam a partir de 1º de agosto.

A proibição de exportação da China foi introduzida logo após o governo holandês impor restrições à exportação de ASML para empresas chinesas. Ou seja, a ASML é a única empresa no mundo que produz máquinas litográficas de alta precisão, usadas na indústria de fabricação de chips. O governo holandês está há muito tempo sob pressão dos EUA para não vender essas máquinas aos chineses.

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Alguns analistas consideram esse movimento crucial na guerra tecnológica. A China atualmente controla a grande maioria da produção mundial de metais raros. Muitos deles são usados ​​na produção de chips, suprimentos de telecomunicações e sistemas de defesa. Gálio é usado na produção de chips. Quando combinado com outros elementos, melhora a velocidade e a eficiência da transmissão em diversos produtos. Os mais cruciais são telas de telefone, painéis solares e radares.

A proibição de exportação da China pode mudar o curso da guerra tecnológica

A China é o maior fornecedor mundial desses metais. De acordo com estudo da UE , abrange 94 % do gálio e 83% do abastecimento mundial de germânio. A importação de gálio dos EUA está avaliada em US$ 225 milhões em 2022, de acordo com dados dos EUA.

De acordo com alguns analistas, esse movimento não prejudicará o Ocidente a longo prazo. O governo chinês está ciente de que esses metais podem ser encontrados em outros países. Seu principal objetivo é desacelerar a indústria ocidental de chips, pois provavelmente precisará de algum tempo para diversificar os suprimentos, já que a proibição de exportação da China agora complica seus planos.

Esse processo pode levar alguns anos, no entanto. Enquanto isso, a China espera acelerar sua produção de chips para alcançar fabricantes como TSMC e Samsung. As duas últimas são atualmente as únicas capazes de produzir chips de ponta. Como sabemos, eles são cruciais para as indústrias de smartphones, computadores e automóveis.

Alguns analistas acham que mesmo que os países ocidentais comecem a produção desses materiais em um curto período de tempo, essa proibição de exportação da China afetará o preço.

Neste ponto, ninguém pode dizer ao certo como essa guerra tecnológica terminará. Cada lado tem seu próprio direito legítimo de não vender nada a ninguém. Ainda assim, contraria visivelmente todas as regras do livre comércio e certamente levará a uma confusão ainda maior no mercado. Isso pode resultar em novos problemas na cadeia de suprimentos e causar novas escassezes, e os produtos finais podem ficar mais caros.

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