Em nome da Affinity Credit Union e outros participantes, os escritórios de advocacia Hagens Berman e Sperling & Slater entraram com uma ação coletiva contra a Apple por violando a Lei Sherman e a Lei Clayton, negando o acesso ao novo serviço de pagamento “Tap to Pay” a carteiras móveis de terceiros, como Google Pay e Samsung Pay.

De acordo com a queixa apresentada no Tribunal Distrital do Norte dos Estados Unidos na Califórnia, a Apple proíbe que “concorrentes livres e em potencial acessem a interface NFC necessária para competir” e só permite o uso do Apple Pay para fazer transações de toque para pagar em dispositivos iOS como iPhone, iPad e Apple Watch.

A Apple é processada por criar um monopólio no mercado de carteiras móveis iOS de toque e pague por bilhões de dólar

Os modelos de iPhone mais recentes são equipados com chip Near Field Communication (NFC) para fazer pagamentos sem fio e sem contato por meio de cartões de crédito e débito salvos no aplicativo Wallet chamado Apple Pay.

Em maio deste ano, a gigante da tecnologia introduziu um novo recurso “Toque para pagar no iPhone” nas lojas nos Estados Unidos, que permite que os fornecedores recebam pagamentos por meio de seus iPhones e elimina a necessidade de qualquer hardware adicional ou terminal de pagamento como a Block Inc.’s Square.

Agora, os demandantes alegaram que a gigante da tecnologia de Cupertino é fo criando um monopólio no mercado de Tap-to-Pay iOS para ganhar até US$ 4 bilhões com as taxas dos emissores de cartões de pagamento.

Tendo impedido todos os concorrentes de seus dispositivos, a Apple cobra dos emissores de cartões de pagamento
taxas que nenhuma outra carteira móvel se arrisca a impor. Sempre que uma transação do Apple Pay for concluída com o cartão de pagamento de um emissor dos EUA, o emissor deverá pagar uma taxa à Apple — 15 pontos básicos no crédito (0,15%) e 0,5 centavos (US$ 0,005) no débito. Essas taxas geraram US$ 1 bilhão para a Apple em 2019, e esse fluxo de receita obtido dos emissores de cartões deve quadruplicar até 2023.

O queixoso é buscando a aprovação do tribunal uma liminar contra as práticas anticompetitivas da Apple e pagar indenização.

A gigante de tecnologia de Cupertino também enfrenta acusações semelhantes na Europa. A Comissão da UE acusou oficialmente a Apple de restringir “injustamente” o acesso do Apple Pay no iPhone a provedores de serviços de pagamento terceirizados e violar a lei da UE.

Em sua Declaração de Objeções enviada à Apple, o A UE afirma que a gigante da tecnologia abusou de sua posição dominante nos mercados de carteiras móveis em dispositivos iOS ao “limitar o acesso a uma tecnologia padrão usada para pagamentos sem contato com dispositivos móveis nas lojas (‘Near-Field Communication (NFC)’ou’tap and go’), a Apple restringe a concorrência no mercado de carteiras móveis no iOS” para beneficiar o serviço Apple Pay. Como a conduta da gigante da tecnologia vai contra as regras de concorrência da UE, o órgão antitruste lançou uma investigação antitruste formal.

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