Apple Park
A reunião anual de acionistas da Apple foi concluída e, apesar das controvérsias e desacordos, desta vez ela ganhou apoio para todas as posições que manteve em todas as propostas.
A assembleia anual de acionistas é uma exigência legal para a Apple, e os detalhes do que será discutido são arquivados-e contestados-com bastante antecedência. No caso deste ano, a Apple já havia concordado com a exigência de um acionista de auditar suas práticas trabalhistas antes desta reunião.
Isso deixou nove propostas separadas, incluindo as da Apple e dos acionistas. Indo para a reunião, a Apple recomendava que todas as suas propostas fossem aprovadas, e nenhuma das dos acionistas.
Práticas comerciais gerais
As duas primeiras propostas, todas da Apple, eram requisitos comerciais regulares e até superficiais. Tratavam-se da eleição de diretores, e todos os nove indicados já faziam parte do conselho da Apple.
Da mesma forma, a Apple já havia usado a Ernst & Young como seu auditor e propôs com sucesso manter a empresa mais uma vez.
Compensação
A terceira e a quarta propostas foram feitas pela Apple e ambas diziam respeito a remuneração. A Apple pediu aos acionistas que aprovassem seu plano de remuneração executiva, que era basicamente o mesmo dos anos anteriores.
Potencialmente um pouco mais controversa foi a Frequência de Opinião sobre Votos Pagos. Os acionistas podem aprovar, ou não, os detalhes de como os executivos da Apple são pagos.
Não é que todo aumento de salário ou mudança de ações seja debatido pela lista completa de acionistas, no entanto. Em vez disso, foi feito anteriormente como uma votação geral anual, e a Apple conseguiu que permanecesse assim.
Direitos civis
A quinta proposta discutida foi a primeira a ser apresentada pelos acionistas. É uma proposta de auditoria de direitos civis e não-discriminação, e pelo menos alguns acionistas queriam uma análise anual do impacto da Apple nessas questões.
A opinião da Apple era de que não havia necessidade de tal auditoria anual, dada a abordagem existente da empresa para remuneração e diversidade. A maioria da assembléia de acionistas foi persuadida e não haverá tal auditoria.
Auditoria da China Comunista
Uma sexta proposta também foi apresentada pelos acionistas, e esta se relacionava com as conexões da Apple com a China. Especificamente, vários acionistas queriam uma auditoria anual que relatasse especificamente quanto – e de que maneira – a Apple continua dependente da China.
É improvável que a Apple pare totalmente de trabalhar com a China. Mas a Apple argumentou com sucesso que já fornece exatamente essas informações em seus relatórios voluntários, bem como em seus registros na Comissão de Valores Mobiliários.
Maior comunicação com os acionistas
A sétima proposta trazia os acionistas buscando uma mudança na Política do Conselho. Ele considerou como-e com que frequência-os membros do conselho da Apple podem se comunicar com os acionistas.
A Apple queria que esta proposta fosse rejeitada porque colocaria limitações muito prescritas e, portanto, prejudicaria potencialmente o funcionamento do Conselho. A Apple também ganhou esse argumento.
Diferenças salariais
Além das questões de remuneração executiva, os acionistas também apresentaram uma proposta relativa às diferenças salariais raciais e de gênero. O acionista e investidor ativista Arjuna Capital afirma que os relatórios da Apple ignoram o”viés estrutural”contra mulheres e minorias.
A Apple convenceu a maioria dos acionistas na reunião de que já reporta adequadamente sobre remuneração, inclusão e diversidade.
Acesso por procuração
A proposta final na reunião referia-se às Alterações de Acesso por Procuração dos Acionistas. O acesso por procuração diz respeito ao direito dos acionistas de uma empresa proporem candidatos a conselheiros, e neste caso a proposta era que eles pudessem indicar mais de um candidato.
A Apple apontou antes da reunião que nenhum acionista buscou mudanças nas regras existentes no ano passado e, portanto, queria rejeitar a proposta.
A empresa também ganhou essa seção da reunião.